No dia 23 de novembro, durante a aula de matemática, a turma do 9º
Ano participou de uma atividade planejada e ministrada pela
professora Sirlei Favarin Vanderlinde.
Esta atividade foi um requisito do Curso de Especialização em
Educação na Cultura Digital, oferecido pela UFSC, em parceria com o
MEC e da Secretaria de Estado da Educação.
Durante a aula, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre o
ábaco japonês, também conhecido como Soroban. Este antigo
instrumento de cálculo, além de desenvolver o raciocínio, atenção,
concentração e lógica dos alunos, também promove a acessibilidade
para alunos com deficiência visual.
De acordo com pesquisas virtuais ao site do Wikipédia1,
que é uma enciclopédia livre, o Soroban teve origem na China, e foi
levado para o Japão em torno de 1600 d.C.. Apesar de ser um recurso
antigo, é utilizado até hoje no Japão e em outras partes da Ásia.
Ainda no Japão, o seu ensino é realizado para crianças a partir do
8 anos de idade, e para poder se trabalhar na maior parte dos
escritórios por lá, é necessário possuir uma certificação. A
repetição dos exercícios levam o treinando a um nível em que
consegue realizar os cálculos mentalmente.
Para esta aula, a professora, juntamente o aluno Felipe Henkel,
desenvolveram 03 sorobans utilizando-se de materiais recicláveis
(caixas de papelão e tampas de garrafas).
Os alunos aprenderam a representar números e a calcular somas
simples tanto nos soroban de material reciclável como no jogo
virtual Xabacus.
AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA
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Os avanços:
O objetivo principal desta prática era utilizar um dos recursos de
acessibilidade, apresentado na disciplina de Tecnologias Assistivas,
do Curso de Especialização já citado.
Como o Soroban traz benefícios para todos os alunos, optei por este,
mesmo não tendo nenhum aluno, atualmente, com deficiência visual em
nossa escola.
A experiência foi positiva pois os alunos demonstraram atenção,
interesse e participação. Consequentemente, o aprendizado sobre o
objeto de estudo se deu de forma satisfatória.
Inicialmente havia uma falta de TDIC no planejamento da intervenção,
mas ao final foi possível aliar mais este importante recurso ao
plano de ensino.
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Os desafios:
O principal objetivo desta intervenção era escolher uma ferramenta
de “Tecnologias Assistivas” que ajudasse efetivamente a
aprendizagem de alunos com deficiência. O aluno em questão participou do
desenvolvimento dos ábacos, da aula e aprendeu rapidamente a
utilizá-lo. Com certeza é uma ferramenta que pode também propiciar
aprendizagem e desenvolvimento de habilidades cognitivas do aluno.
O segundo maior desafio era incluir as TDIC nesta intervenção.
Consegui através da utilização do computador interativo, para
apresentar algumas imagens de modelos de ábaco, e de um jogo virtual
que simulava os mais diferentes ábacos existentes. Utilizando este
recurso, mais os 03 ábacos que conseguimos elaborar, todos os alunos
revezaram e puderam aprender tanto da forma prática quanto digital
como representar números e calcular (adição) no Soroban.
Outro desafio foi conseguir desenvolver um ábaco utilizando-se de
materiais recicláveis. Foi necessário pesquisa, planejamento e
criatividade.
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As alternativas de possível implementação:
É possível perceber que uma aula foi pouco para a aplicação da
intervenção. Caso houvesse mais tempo, julgo que seria pertinente
alterar os seguintes aspectos do plano de ensino aplicado:
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Repitiria apenas a explanação inicial, onde foi explicado aos alunos o que iriam aprender, porque e para quê. Vejo que muito da desmotivação dos alunos em estudar reside no fato de não saberem o porque estão estudando o tema proposto;
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Realizaria uma pesquisa virtual direcionada sobre o ábaco/soroban, para depois fazer uma socialização dos resultados encontrados; (PESQUISA DIRECIONADA)
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Pediria que pesquisassem imagens do tema e os desafiaria a montarem seus próprios Soroban, com materiais recicláveis, para sua utilização nas aulas do tema; (CONTEXTUALIZAÇÃO)
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Explicaria a interpretação de números e as quatro operações básicas de aritmética;
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Possibilitaria a prática dos conhecimentos adquiridos tanto na ferramenta fabricada por eles, quanto em jogos virtuais específicos sobre o Soroban;
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Solicitaria o desenvolvimento de uma narrativa digital em que descrevessem os acertos e dificuldades no processo de aprendizagem do tema, como avaliação do tema trabalhado;